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carnaval de 2017

O Carnaval de rua em São Paulo ainda era uma novidade mas, ao mesmo tempo, estávamos no início de um governo de direita com um crescimento assustador de movimentos conservadores na sociedade. O desfile foi combinado na segunda-feira de carnaval, a matéria era transparência e a proposta era desfilar vestindo apenas peças transparentes. O bloco seria efêmero, só duraria o tempo do cortejo, e naquele ano o chamaríamos de “Bliiss”.

O ponto de encontro foi o coreto na praça da bolsa de valores, percorremos as ruas do centro caminhando sem trajeto definido, nos movimentávamos feito um organismo pelas ruas e passagens. Assim a massa foi aumentando ao longo do caminho e desaguamos embaixo do viaduto, no "buraco da minhoca”. A pele à mostra causava um frenesi no asfalto, mas vão nos punir por estarmos nus? estamos vestidos de plásticos, não podem ver? O Carnaval há de nos salvar, pela revolta da carne e pela festa do corpo.



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Agradecimentos especiais as idealizadoras do bloco e artistas retratades: Marcela Vieira, Wallace Masuko, Valentina Soares, Caio, Carolina Bianchi, Daniel Lühmann, Octávio Tavares, Caio Polesi, Henrique Entratice, Fernando Gregório.

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